Como e por que aplicar a psicoterapia cognitiva em adolescentes? Entenda!
A adolescência pode ser uma etapa complicada da vida tanto para os pais quanto para os adolescentes, que sofrem com os inúmeros conflitos da transição para a fase adulta. Neste momento, a psicoterapia cognitiva pode ajudar muito, dando ferramentas para o enfrentamento desses desafios.
A psicoterapia cognitiva em adolescentes se faz por meio de um atendimento mais ativo, em que o terapeuta pode pedir para que a pessoa faça ou pense coisas e, também, sugerir comportamentos mais adequados no cotidiano.
Quer entender melhor como a psicoterapia cognitiva pode auxiliar nas questões da adolescência? Confira quais ferramentas ela utiliza, a importância dos pais nesse processo e como ela pode ajudar nos aspectos emocionais e interpessoais desses jovens!
Técnicas utilizadas e altamente efetivas
A psicoterapia cognitiva em adolescentes faz uso de técnicas destinadas a identificar e modificar crenças e pensamentos automáticos que costumam ser bastante desadaptativos. Podemos exemplificar com um caso hipotético de um adolescente que tende a ter pensamentos catastróficos, acreditando que tudo sempre dará errado.
O papel do terapeuta é apontar para o fato de este ser um pensamento automático e para a probabilidade real de determinada situação dar certo ou não. O objetivo é que a visão do adolescente se torne cada vez mais realista sobre os acontecimentos.
Identificados e trabalhados os pensamentos, outras técnicas possíveis se atém a desenvolver comportamentos mais adaptativos e positivos, que mudem na prática a forma com que o adolescente lida com as pessoas e situações do dia a dia. O terapeuta pode ensinar também técnicas de relaxamento e de enfrentamento de estímulos ansiógenos e fóbicos trazendo mais qualidade de vida ao jovem.
A importância do auxílio dos pais
O trabalho com os pais pode representar um elemento-chave para o sucesso da intervenção. À medida que eles compreendem melhor o que está sendo feito com seus filhos, podem acompanhar e fiscalizar os métodos clínicos, além de aplicar algumas técnicas, fortalecendo o processo terapêutico.
A exemplo disso, podemos pensar em um adolescente rebelde que se recusa a frequentar as aulas e fazer as lições de casa. Contudo, ele não quer ir para a escola porque possui a crença de que não é inteligente e acha que nunca vai conseguir acompanhar o ritmo dos colegas.
A partir do momento em que os pais compreendem esse pensamento, eles podem trabalhar a mudança dessa crença com o adolescente e, principalmente, refletir se estão agindo no sentido de reforçar o pensamento do filho.
Sem dúvidas, essas ações poderiam trazer benefícios e ajudar na autoestima desse adolescente, fazendo com que ele consiga se engajar nas tarefas escolares e se sinta melhor nesse ambiente.
Atenção e cuidado para o aspecto emocional e interpessoal
Desenvolver a inteligência emocional, uma compreensão melhor sobre os outros e uma aceitação plena podem ser habilidades fundamentais para o enfrentamento dos desafios da adolescência.
Esse é um estágio do desenvolvimento repleto de profundas mudanças e cuidar da forma com que o jovem se enxerga, potencializando seus relacionamentos interpessoais, é um caminho promissor.
Enxergando-se de forma mais positiva, o adolescente passa a ser capaz de estabelecer relações respeitosas e atentas com os familiares, amigos, professores e desenvolver habilidades sociais importantes para o mercado de trabalho. Além disso, é bem provável que eles se tornem adultos mais conscientes, colaborativos e cuidadosos
São muitas as questões e desafios que podem surgir, mas com certeza a psicoterapia cognitiva em adolescentes promove ganhos significativos para aqueles que a procuram. Quer saber também como pode ser o auxílio destinado ao público infantil? Aproveite para entender como é o tratamento de psicanálise para crianças!